domingo, 27 de outubro de 2013

A construção do conhecimento (7)


A construção do conhecimento (7)
Versão 1

 

A cabeça de um aluno não é uma caixa vazia onde se possa inserir um conhecimento mediante uma exposição oral ou escrita, áudio ou visual. O conhecimento é um processo de aprendizagem que vai se construindo com os usos e abusos dos sentidos, um aprendizado organoléptico. Um conhecimento é produzido e assimilado reciprocamente, entre alunos e professores, tal como dois vasos comunicantes onde o nível do liquido tende a se igualar em ambos os vasos. Mestre é o professor que aprende mais que o aluno em colóquios educacionais.

Os denominados CSTs, cursos superiores tecnológicos, foram criados para acelerar a chegada da mão de obra ao mercado de trabalho, bem como permitir a aqueles que já estão no mercado ter uma diplomação sobre a atividade que exercem. Tudo direcionado e conduzido a uma necessidade nacional, para o Brasil participar de uma competitividade no mercado internacional, uma ação estratégica em um mundo globalizado.

As chamadas TICs, tecnologias da informação e comunicação, não substituem o professor bem como não substituem os livros. Não substituem a presença humana no ambiente escolar. Elas acrescentam, são novos recursos de aprendizagem, levam o meio exterior ao meio interior. “Quando a roda grande entrar na pequena” ─ um dito profético. O conhecimento é construído reciprocamente e paralelamente, o aluno aprende junto com o professor. O aluno entra na escola com vivencias e experiências anteriores. E muito bem familiarizado com as TICs. Rádio, teatro, cinema e televisão fazem parte de um passado recente, tudo agora esta literalmente na palma da mão.

Professores dos CSTs foram pegos de surpresa, não foram capacitados para enfrentar alunos com conhecimento trazidos das suas vivencias e convivências anteriores, ou mesmo como dizem os próprios titulados da academia, com as expertises de cada um. Exaltam suas expertises e tentam ignorar, menosprezar as dos alunos. Fato percebido a partir de seminários e congressos, onde os palestrantes diante dos ouvintes e participantes são apresentados com exaltação de certificados e titulações, desta ou daquela instituição. Uma batalha conferencista onde os títulos e canudos são suas armas e escudos.

Professores ainda trazem em mente aquilo que aprenderam, viveram e vivenciaram. Aprenderam o que lhe ensinaram: o aluno é um ser sem luz (alumes, sem luz). Professam aquilo que aprenderam, no entanto alunos e professores devem ser eternos estudantes e estudiosos. Uma multiexpertise vem lustrando os bancos escolares.

A Terra é redonda e o mundo é quadrado. As teorias acadêmicas formam um mundo quadrado cortado por retas, secantes e tangentes. Fazem do mundo uma bandeira anglicana. Admitem detentores de um poder simbólico, que se posicionam em uma cátedra simbólica como donos de um conhecimento intocável, que intimida evitando questionamentos.

Experiências podem vir de dentro de casa. Planejar um jantar ou um almoço é o início de um processo decisório que não vai simplesmente ajudar a uma tomada de decisão. Para decidir é preciso ter conhecimentos das opções do processo. Ao pensar um cardápio, a primeira duvida é saber quem vai comer: um carnívoro, um vegetariano ou um onívoro, quem sabe até um macrobiótico. Caso o comensal seja um onívoro vem a duvida de preparar um prato a base de carne, de peixe, de ave, ou uma massa. Com carnes, aves e pescados, vem a necessidade de escolher o corte de carne e tipo de animal. O tipo de ave pode ser de caça ou de granja, talvez até o corte possa ser uma opção. Os tipos de peixes, com uma enorme variedade, alem de saber se é de água doce ou salgada. O pescado pode ser salgado, fresco ou em conserva, peixe ou crustáceo, de águas rasas ou profundas. As massas têm formas variadas e molhos diversos.

Depois da escolha do ingrediente do prato principal vem a decisão do modo de preparo: frito, assado ou cozido, dependendo do linguajar local ainda pode ser torrado ou picado. Os temperos a serem utilizados, entre marinados e vinha d’alhos, mais uma variedade de especiarias e condimentos. Ácidos cítricos e acéticos, óleos e azeites, féculas e amidos. Até o simples ato de salgar oferece uma variedade de apresentações do cloreto de sódio.

Alimentos preparados na brasa ou lenha, outra lista começa, sobre local, instrumentos e utensílios a serem utilizados, com atenção aos itens de segurança, não só do fogo, mas da conservação dos alimentos. Dependendo do número de pessoas uma linha de produção deve ser organizada para que todos sejam servidos a contento. A disposição dos alimentos sobre as mesas pode levar a um estudo de tempos e movimentos evitando aglomerações e filas.

Por fim ainda será necessário saber se entre os comensais há um algum hipertenso ou portador de hiperglicemia. Se há alguém com restrição de algum alimento, orgânico ou inorgânico. Dietas temporárias ou permanentes, médicas ou estéticas, qualitativas ou quantitativas. Os alimentos servidos ainda podem vir acompanhados de alertas a fenilcetonúricos, intolerantes a lactose ou glúten.

Preparar uma refeição requer uma enormidade de conhecimentos, mas podem ser preparados por uma simples cozinheira ou renomado chef de rotisserie. O importante é que todos saiam satisfeitos, alimentados da alma do corpo e da mente com sabores e saberes.

FIM (7)

 

 
 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  27/10/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Reiki Master & Karuna Reiki Master
 
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(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Motim na Roberto Freire (P 4)


Motim na Batalha da Avenida Roberto Freire (P 4)

(Where's Wally?)

 

Com certeza os estudantes da área de administração de hoje conheceram um livro amplamente divulgado e vendido no “século passado” com título em português “Onde está Wally?” (Where's Wally?). E agora depois de tantas discrepâncias holandesas devem estar loucos fazendo perguntas como: Onde está Deming o pai da qualidade? Onde está Juran que diz que qualidade é ausência de falhas? Onde está Crosby que falou sobre o custo de fazer coisas erradas? Onde esta Feigenbaun que definiu a qualidade total? Onde esta Ishikawa buscando a satisfação do consumidor? Onde estão todos aqueles autores que nos cobraram saber suas teorias nas provas e testes de avaliação? Ensinaram, cobraram um saber, e não usam este saber? Onde estão todos? Seriam somente as grandes empresas empregadoras que aplicam estes conhecimentos? Uma faculdade ou uma universidade não seria uma empresa? Seria isto o que chamam de “Trote Legal”? Inventaram esta história?

Onde estão os conhecimentos que nos passaram, passam e passarão? Onde estão os gestores para aplicar um PDCA conjugado com uma analise SWOT, ou seria melhor chamar a Swat?, para resolver os problemas internos e externos? Mas que analise FOFA, de forças, de oportunidades, de fraquezas e de ameaças!  

Alunos Investem em uma formação (Brasileiros endividados. Jornal de HOJE. em 6/08/12, Natal/RN), pagarão juros sobre montantes, aqueles que não dispunham de valores nos atos das matriculas e das mensalidades, e optaram por um credito educativo, acreditando em tudo que foi dito.

Depois de tantas incertezas e reclamações, com certeza o comando disciplinar dirá para os alunos procurarem pai do controle estatístico de qualidade (Shewhart) e apresentar uma proposta, baseada e fundamentada cientificamente. Processos podem ser controlados, mas não com mão de ferro. Deming diz que os problemas são causados pelo sistema e não pelos operadores.

O final da historia e os vencedores das batalhas entre portugueses e holandeses todos já conhecem. E com um olhar administrativo e bélico, ainda é possível diminuir as perdas para que no final dessa ‘historie’ tenha um final pelo menos OK, zero killer.

 

FMN

 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  27/09/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
ESTRATEGISTA
 
 
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No período de julho/2013 a outubro/2013 estou concorrendo ao PREMIO DESTAQUES DO MERCADO na categoria Colunista em Informática na publicação Informática em Revista.
 
 
A votação poderá ser feita usando um e-mail por mês. Após a votação espere o retorno do e-mail para validação do voto. Só após a validação é que o voto é computado
 
 
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Obrigado
Roberto Cardoso
Candidato ao premio na categoria colunista em informatica
 

 

 

 

domingo, 22 de setembro de 2013

A construção do conhecimento (2)


A construção do conhecimento (2)

 

Existem algumas teorias da criação e formação do Mundo e do Universo. Todas são teorias, hipóteses de uma criação universal. O ser humano só entende algo que tenha um início, um meio e um fim, tal como ele mesmo vê acontecer com os outros seres e com seus semelhantes. Não admite um universo sempre existente, sem início e sem fim. Para tudo tem que haver um fato, uma causa, um efeito. Um momento de criação e uma responsabilidade pela criação, e se não foi o homem o responsável pela criação, foi um deus do mundo invisível. Todo efeito tem que ter uma causa, mesmo que não se comprove ou veja por meios científicos. Tal como o vento, o homem sempre o sentiu, mas não o via, apenas sentia sua passagem e sua temperatura, até que pode justificar os ventos pelos estudos de variação de pressão em pontos diferentes. A religião e a ciência são duas retas que se encontram no infinito.

Hoje existem candidatos a uma viagem de ida sem volta ao planeta Marte. Aquele viajante da viagem sem volta que conseguir se adaptar e sobreviver vai se fixar naquele planeta. Lá irá constituir e construir uma história de gênese naquele novo planeta, para justificar e explicar aos seres descendentes. E seres vindos do céu em naves espaciais trarão mensagens da Terra. Antes não havia naves espaciais, havia carruagens, e carruagens de fogo desciam do céu. Os relatos são de acordo com o conhecimento do escritor. Com certeza a nave que levará os pioneiros terá um computador de bordo controlando todos os sistemas, e os pioneiros estarão autorizados a mexer em algumas placas que são verdes como um jardim. Mas estarão proibidos de mexer no circuito central do computador onde tem o desenho de uma fruta mordida.

Até que o cientificismo com suas provas e contraprovas prove o contrário, a história do mundo, do nosso mundo, começa com dois personagens, em nosso planeta, Adão e Eva em um paraíso, um lugar com as necessidades básicas de sobrevivência a seres humanos, a uma geração de descendentes da raça adâmica.

Adão e Eva, um casal com o objetivo de ocupar o planeta, crescendo e se multiplicando. Dispunham ali naquele jardim, um pomar com uma infinidade de frutos para saciar a fome fisiológica da necessidade corporal. E apenas um fruto dentre tantos naquele jardim era proibido, o fruto do conhecimento. A árvore no centro do Edem ficou simbolizada pela macieira, a arvore que produz o mesmo fruto com diversidades simbólicas, o fruto que foi envenenado pela bruxa no conto de Bela Adormecida, o fruto que caiu na cabeça de Newton fazendo-o entender a gravidade. E ainda o mesmo fruto que inspirou Steve Jobs, na criação de uma logomarca. Steve Jobs logo após a sua morte apareceu em uma nuvem em capas de revistas. Macintosh é uma variedade de maçã, apreciada por um parceiro de Steve Jobs.

Por muito tempo a maçã foi a fruta simbólica que alunos levavam como um presente à professora, a provedora do conhecimento. Um fruto que cortado ao meio, dá ideia de ressurgência, e foi a partir da ingestão de um alimento que começou o conhecimento, Adão e Eva no paraíso. O conhecimento começa pela boca, pelos saberes e sabores.

Adão e Eva provaram justamente daquele fruto que era proibido e se deram conta de situações que não tinham conhecimento anterior. Perceberam que estavam nus e precisavam de vestimentas, não só para cobrir a sua nudez, mas para fazer excursões e incursões a outras paragens, e ocupar um planeta com variações de temperatura e diversidade climática.

O Brasil não viveu a época das descobertas e usos dos metais. O Brasil viveu e ainda vive a época do couro. As vestimentas dos vaqueiros são as suas armaduras, para se proteger de inimigos na caatinga. O sertanejo cobre o corpo com gibão de couro para se proteger não só das juremas e seus espinhos, mas também de mandacaru, facheiro e xique-xique. Fica bem expositivo isto no depoimento de Cila, testemunha do massacre, falando sobre o cerco policial, que matou Lampião.

A Bíblia é encarada como um livro religioso, mas é um manual de instruções para sobrevivência no planeta, e a ciência se apropria de elementos da religião (A usurpação da ciência 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Jornal de Hoje. ago e set/ 2013). A Bíblia com tantas informações contidas justifica ser um livro sagrado, deixado pelos primeiros ocupantes do planeta.

 

Jornal de HOJE

 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  22/09/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Aniversario de 446 anos da Ilha

Aniversario de 446 anos da Ilha do Governador
setembro/2013
 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Professores, Mestres e Doutores.(V1)


 Professores, Mestres e Doutores.

(versão 1)

 

 

Apresentação

Trabalho elaborado à luz do pensamento de Pierre Bourdieu (França, 1930-2002), que ainda é considerado um dos sociólogos mais importante da contemporaneidade. Suas ideias hoje são utilizadas não só no campo político e social, mas principalmente no campo acadêmico. Bourdieu dedicou a maior parte de sua vida intelectual ao tema da educação, fato assegurado por Ione Valle, (a tradutora da obra homo academicus), segundo Mello e Martins que elaboram uma resenha, depois da tradução para o português, da publicação homo academicus, lançada em 1984 na França e em 2011 no Brasil.

Professores, Mestres e Doutores, são os títulos das classes que compõem o segmento de classe dominante no ambiente universitário, dominando o conhecimento e a informação, para a formação acadêmica. Mestres e doutores são professores possuidores de um (re)conhecimento comprovado e (re)conhecido por títulos, são detentores de uma titulação e não de uma diplomação, ofertada e reconhecida por outros pós-graduados antecessores. Mestres e doutores dispõem do uso destes títulos depois defenderem uma dissertação ou uma tese diante a uma banca formada por veteranos do conhecimento.

E tal como disse Bourdieu, este é um ambiente perigoso de ser explorado, usando de suas palavras, é tirar o véu de seus dos ‘segredos de sua tribo’ [adjetivo citado pelo autor], já que seus estudos e análises foram a partir de Sorbone de Paris.  Trabalhos intelectuais induzem a responsabilidades.

 

Justificativas

O texto foi construído sem a intenção de ser um trabalho científico montado em moldes padrões tendo em vista que os pesquisadores atualmente perdem mais tempo enquadrando os artigos em modelos e padrões, ABNT e Vancouver, do que mergulhando na pesquisa e chegando a conclusões (Cardoso, in Desafios da Pesquisa. Entre o clássico e o emergente, 2013).

Tons críticos foram a mim apresentados por Mirna Santiago. Com suas observações, não ao texto aqui exposto, mas de minhas opiniões sob o seu ponto de vista acadêmico, assim foi possível amenizar a critica sob o prisma da visão bourdiesiana, sobre o universo das universidades e faculdades. Faculdade não no sentido apresentado por um doutor e coordenador de um curso de marketing ao dizer que faculdade refere-se a facultativo, em fazer ou não fazer o curso, fato acontecido em ambiente restrito em uma determinada instituição particular de Natal/RN.

 

Agradecimentos

Um texto construído sob apenas um ponto de vista corre o risco de ficar um tanto tosco e hermético. Meus agradecimentos a Mirna Santiago, consultora de Gestão da Qualidade e docente universitária, quem muito contribuiu com suas observações aos meus posicionamentos. As observações de Mirna foram formuladas a partir de um ponto de vista professoral, acadêmico e dinâmico que é seu comportamento profissional.

 

 

 

Desenvolvimento

 

Tempo e espaço

A cidade de Natal/RN conta hoje com uma universidade federal e uma universidade estadual, uma universidade particular e alguns centros educacionais também da iniciativa privada. A Avenida Roberto Freire, antiga Estrada de Ponta Negra, por forças do destino tornou-se um campo de forças de instituições universitárias, onde de um lado da via encontramos o campus universitário federal e do outro lado da via encontramos alguns estabelecimentos privados de ensino, conforme artigos publicados no Jornal de Hoje de Natal/RN: Cardoso in Batalha na Avenida Roberto Freire; in Conflitos de gênero na batalha da Roberto Freire; e in Marketing de guerra na batalha da Roberto Freire. Um campo de forças que levou a comparação com momentos históricos da região e a elaboração de alguns temas referentes a situação. A cidade de Natal esta localizada no Estado do Rio Grande do Norte, que possui um contorno geográfico que lembra a forma de um elefante, fato que novamente deu margem de algumas comparações determinando a construção de dois artigos publicados no jornal O Mossoroense da cidade de Mossoró/RN, 2012.

 

A questão institucional

Os professores detém uma forma institucionalizada de capital, e os professores universitários são os que mais dominam este capital. Detém um poder institucionalizado coberto e garantido pela instituição de ensino, aquela que paga seus salários através da obtenção de recursos financeiros de origem das mensalidades pagas pelo corpo discente. E determinam elas, as instituições, as estratégias de ensino. Constroem um currículo a partir da demanda e exigência do mercado que devera contratar os formandos ao final do curso. Constroem uma grade curricular, fazem uma serifação e montam um curso superior. Um grande argumento das instituições particulares de formação universitária hoje, sem importar o curso ou a graduação tem sido a obtenção de um diploma de ensino superior que vai possibilitar ao aluno poder participar de concursos públicos onde estes diplomas são necessários.

 

Poder simbólico

As instituições de ensino tem o poder julgar e medir de conhecimento do aluno, normalmente a cada bimestre. Os professores têm dois meses para elucidar uma fração do conteúdo geral, e ao final aplicam uma prova onde o aluno deverá responder tal qual ouviu do professor, não sendo permitidas maiores explanações ou divagações. O aluno esta ali para atestar que aprendeu o que foi explanado pelo professor. Torna-se um risco apresentar outros conhecimentos.

A velocidade da informação hoje é tal que pouco tempo os professores têm para se atualizar sobre o que acontece a sua volta. Muitos professores acabam desrespeitando as autorias intelectuais. Fica difícil construir uma produção intelectual própria. Acabam caindo no erro que procuram inibir os alunos em uma prova, a conhecida cola. Lançam provas e exercícios conseguidos pelos recursos de copiar e colar. O computador permite esta facilidade.

 

Out siders

A universidade constrói grupos de out siders a partir do momento que entende e convence a sociedade como um todo que é detentora de um conhecimento e informação, não encontrado em outros lugares e impossível de ser adquirido por outros meios que não seja o ingresso em seus cursos. As faculdades com ênfase das particulares possuidoras e recursos financeiros tem capacidade de financiar campanhas universitárias que mostram ao pretendente aluno que o seu futuro e sua carreira esta garantida a partir das frequências em seus cursos.

 

Poderes e poderes

Os poderes institucionais ampliam-se e ocupa parte do tempo de professores a partir do momento que passam exercer outras funções dentro da instituição, ocupações mais administrativas do que didáticas. Com as ocupações de chefes de curso e chefes de departamentos, mais as atividades de preenchimento de relatórios e planos de aula, passam a transferir tempo que poderiam dedicar-se a novos estudos para passar informações aos superiores ou controlar inferiores. Tempo ocupado e desperdiçado a chamada mais valia que ensinam dentro das salas de aula, ao conceituar Marx.

Bourdieu faz menção que estes profissionais universitários que formam o corpo docente se opõem a escritores e artistas que ocupam setores menos privilegiados do campo social ficando distantes de normas e valores que são imputados dentro destes prédios chamados faculdades. Em contra partida Santaella mostra que as artes e as comunicações estão convergindo. As relações alunos e professores estão baseadas na comunicação.

Diante um mundo tecnológico, os caminhos são interatuantes, as comunicações e as artes estão convergindo a um processo de comunicação. As tecnologias invadem as faculdades e os professores nem se dão conta que estão perdendo espaço para vídeos e datas show, o professor não passa de uma representação institucional dentro da sala  de aula portando um crachá que o autoriza  a representar a instituição. Tornando um símbolo ou um totem, um marketing personalizado, quebrando um pouco da tecnologia educacional presente na sala de aula. Ele e só ele o professor tem o poder de ligar e desligar os equipamentos de TI -  tecnologia da informação. Para preparar uma aula com slides e data show é preciso ter conhecimento da matéria, uso da tecnologia e conceitos de artes para não criar apresentações entediantes.

Um texto como este que pode evoluir a cada dia pode ser arquivado em nuvens, evitando arquivar em um computador sem mobilidade de transporte e podendo ser acessado de qualquer outro ponto onde possa haver uma conexão de internet.

O acesso a universidade esta ligado a posse de capital, hoje com benefícios de programas governamentais vem ficando um tanto mais democrático o acesso ás universidades. Aqueles que não conseguem uma vaga em universidades publicas por critérios iniciais ainda tem a oportunidade de ingressar em instituições privadas por meio de créditos educacionais. O que tem sido uma ótima oportunidade ao estudante, tem sido um filão financeiro que beneficia aos particulares. Novas estratégias e recursos de ingresso ao estudo vêm sendo estudadas e implantadas, como o ingresso aos cursos profissionalizantes para aqueles que não conseguiram um ingresso em uma faculdade. (evento).

 

A nova ordem social

Artigos publicados em jornal, esta é a nova ordem social do conhecimento. As instituições de fomento e pesquisa orientam pesquisadores que publiquem em jornal com intenção de socializar o conhecimento. Não só a divulgação é mais democrática já que atinge aquele que não tem acesso a internet.

Hoje o conhecimento deve sair do circulo fechado dos pesquisadores para atingir um grupo maior de pessoas. E nos jornais diários é possível qualquer um ter acesso, um maior publico pode acessar a informação.

O jornal é um produto de menor validade dentre muitos perecíveis, fato inédito é alguém comprar um jornal do dia anterior. Poderá tentar adquirir um jornal com uma data antiga se há algo a pesquisar ou guardar como informação ou recordação. Mas um fenômeno interessante acontece, mesmo sendo um jornal velho podemos encontrar uma noticia que possa ser interessante. Eu já vi artigos meus em jornais velhos forrando vidros em loja enquanto estava em obras aguardando uma reforma ou uma inauguração. Fato que não impede alguém de ler um jornal depois de algumas semanas da circulação. Curiosamente sempre em uma publicação antiga achamos algo que no momento noticiado passou despercebido. O conhecimento e a informação estão em todos os lugares, e quando menos se espera podemos esbarrar com eles. Novos rumos do Jornalismo (JH, 6 e 7/10/12)

Pesquisadores publicam suas pesquisas em revistas cientificas indexadas, que por meio de palavras chaves as informações vão se cruzando e se descobrindo. Mas este tipo de informação gira em círculos fechados cada vez mais restritos, tendo em vista que os grupos de pesquisadores tendem a afinar seus escolhidos para fazer parte de uma academia mais restrita com critérios de ingressos cada vez mais restrito.

Professores se tornam Mestres que por sua vez se tornam doutores, que agora vem acumulando diversos títulos de pós-doutorados. É o duelo de canudos no campo cientifico. Lidera um grupo aquele que tiver o canudo mais raro. Lideram grupos aqueles que tiverem títulos e conhecimentos legais. Mestre, doutor e acionista majoritário (JH, 18/07/12).

 

Presente e futuro

A globalização não é apenas o uso da internet, mas a circulação e difusão do conhecimento. Chegando a outras camadas da sociedade. E aquele que ainda não tem acesso a internet tem acesso aos jornais impressos, que também são encontrados na internet. Um novo momento começou.

 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BOURDIEU, Pierre (2011). Homo academicus. 16ª. ed. Florianópolis: Editora UFSC.

BOURDIEU, Pierre (2012). O poder simbólico.16ª. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

CARDOSO, Roberto (2012). Dicotomia natalense. Novo Jornal em 12/05/2012, Natal/RN. Disponível em:

CARDOSO, Roberto (2012). Batalha na Avenida Roberto Freire. Jornal de Hoje em 30/07/2012, Natal/RN. Disponível em:

CARDOSO, Roberto (2012). Batalha na Avenida Roberto Freire. Jornal de Hoje em 30/07/2012, Natal/RN. Disponível em: http://jornaldehoje.com.br/batalha-na-avenida-roberto-freire-roberto-cardoso-produtor-cultural-e-ativista-cultural-rcardoso277yahoo-com-br/

CARDOSO, Roberto (2012). Conflitos de gênero na batalha da Roberto Freire. Jornal de Hoje em 20/08/2012, Natal/RN. Disponível em: http://jornaldehoje.com.br/conflitos-de-genero-na-batalha-da-roberto-freire-roberto-cardoso-produtor-cultural-e-ativista-cultural-rcardoso277yahoo-com-br/

CARDOSO, Roberto (2012).  Anatomia cartesiana do RN. Jornal o Mossoroense em 23/08/2012, Mossoró/RN. Disponível em:

CARDOSO, Roberto (2012). Marketing de guerra na batalha da Roberto Freire. Jornal de Hoje em 27/08/2012, Natal/RN. Disponível em: marketing-de-guerra-na-batalha-da-roberto-freire-roberto-cardoso-produtor-cultural-e-ativista-cultural-rcardoso277yahoo-com-br

CARDOSO, Roberto (2012). Novos rumos do Jornalismo. Jornal de Hoje em 6 e 7/10/2012, Natal/RN. Disponível em:

CARDOSO, Roberto (2012).  Mestre, doutor e acionista majoritário. Jornal de Hoje em 18/10/2012, Natal/RN. Disponível em:

CARDOSO, Roberto (2012).  O Elephante de Shiva. Jornal o Mossoroense em 07/11/2012, Mossoró/RN. Disponível em:

CARDOSO, Roberto (2012). Dicotomia natalense. Jornal DCE/FMN em Dez/2012, Natal/RN. Disponível em:

CARDOSO, Roberto (2013). Desafios da pesquisa. Entre o clássico e o emergente. Informática em Revista. Pag. 10. Ano 7 – Nº 83, junho 2013. Natal/RN.  

SANTAELLA, Lucia (2008). Por que as comunicações e as artes estão convergindo? 3ª. ed. São Paulo: Paulus.

 

Texto disponível em:

 
Natal - Parnamirim/RN ─  17/07/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
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segunda-feira, 1 de julho de 2013

PREMIO INFORMATICA 2013


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