sexta-feira, 12 de abril de 2013

Top Gun potiguar



TOP GUN potiguar,

entre cajuzinhos e brigadeiros.





 
O fenômeno da televisão ainda é discutido se deve ser considerado como cultura ou se é apenas um meio de comunicação. Mas é indiscutível que é um sistema de propriedade das camadas elitistas e dominadoras, transmitindo e difundindo suas ideias e seus ideais. Por meio de vinhetas, marcas, logotipos e logomarcas vão produzindo, criando, transformando e construindo um capital, não só econômico, mas cultural, comercial, e etc. Um capital de domínio.
A maior rede de televisão brasileira, considerada como uma das maiores do mundo, tem qualidade internacional, e também tem um nome que remete a ideia de globalização, um momento e uma nova história que o mundo vem passando e se transformando.

 
A rede globalizadora de televisão, já vinha apresentando, em horário nobre, uma novela com um tema girando em torno de uma das forças armadas. Um capitão da cavalaria do exercito, honesto e corajoso, contracenando com outro oficial genioso e traiçoeiro. A história se desenrola com situações de cavalaria e faz lembrar em determinadas cenas o patrono do Exército Brasileiro, o Duque de Caxias, que deu o nome a um município contíguo a cidade do Rio de Janeiro.
Em data recente começou uma nova novela que o tema central está focado em outra força armada. Um piloto da FAB – Força Aérea Brasileira, bem conceituado na BANT - Base Aérea de Natal/RN em tramas e dramas ainda não desvendados. A novela acontece em uma cidade fictícia próxima a cidade de Natal/RN e com cenas a partir do aeroporto que está localizado em uma das cidades que fazem limite com Natal.
 
Parnamirim, conhecida como Trampolim da Vitória, que um dia já teve o nome de Eduardo Gomes, que fora um brigadeiro, ministro da Aeronáutica e candidato á presidência da República. O doce de festa que leva o nome de brigadeiro tem origem na candidatura de Eduardo Gomes à presidência, e o aeroporo de Natal está rodeado de cajueiros nativos.
Coincidências á parte, em uma escolha sempre há um desejo e intenção oculta. A escolha de uma novela pode ser tal como a escolha de um artigo a ser publicado. Diante de alguns temas recebidos, diante de uma situação econômica ou social o editor ou diretor responsável pode escolher o artigo ou novela que mais se apropria ao momento e aos espaços disponíveis, seja em uma página de jornal ou em uma grade de programação de um canal de televisão, uma estação de rádio, etc.
A escolha e as escolhas feitas pelos responsáveis em um sistema de comunicação (jornal, rádio, televisão e similares). ainda vão depender das suas vivencias e experiências que vão determinar e influenciar as suas escolhas. Teoricamente estas seriam as justificativas para escolhas de um artigo a ser publicado e para uma novela ir ao ar. Mas há mais coisas entre o céu e a terra que possamos imaginar.
Determinar e entender as intenções ocultas de responsáveis dos veículos de informação se torna uma tarefa difícil entender as mensagens subliminares, mas vamos adicionar ao inconsciente, e ficaremos sem saber das reais intenções.
 
Mulheres perfeitas e prefeitas, mulheres governadoras e mulheres presidentas já convivemos no dia a dia. Agora, as mulheres ocupando espaços na Marinha Mercante e na Marinha de Guerra como vimos acontecer recentemente já seria um bom argumento para uma próxima novela global.



 Parnamirim/RN - 17/03/2013 Artigo Publicado:Jornal de HOJE | 18/MAR/2013 | Natal/RN 
Roberto Cardoso
(Maracajá)

Cientista Social
Jornalista Científico
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)