O ano que o mundo
acabou
Profecias, a Civilização
Maia, o Hercóbulos previsto por Rabolu, o Nibiru. Um asteroide passando pela
órbita terrestre, cruzando a trajetória da Terra no espaço. Fotos foram tiradas
em diversos pontos da Terra, asteroides foram vistos, foram perdidos de vista durante
décadas e depois reencontrados novamente. Ocorreu um boato que a NASA sabia da
colisão da Terra com algo no espaço, mas ela não confirmava. Na internet, em
2012, ‘correu’ uma notícia, de um tsunami passando próximo ao Arquipélago de Fernando de Noronha, no litoral nordestino
brasileiro. Tremores de terra aconteceram no interior do RN e de MG. Seca no Nordeste
e alagamento no Sul. Blackout em diversas regiões do país — tido como o enorme
potencial hidrelétrico. A matriz energética do RN procura aumentar cada vez
mais.
O século XX foi breve, durou
de 1914 a 1991 e foi dividido entre duas Eras, a da Catástrofe e a de Ouro e
depois desmoronou (Eric Hobsbawm, 1998). O século XXI, já começou e rápido
demais. A Igreja Católica comemorou 50 anos (2012) do Concílio do Vaticano II,
faz uma revisão do concílio, e propõe um movimento ecumênico.
A linha do Equador dividiu o
globo terrestre em hemisférios, o Norte e Sul. O Tratado de Tordesilhas (sec.
XV) dividiu o mundo conhecido até aquele momento em duas metades, entre
Portugal e Espanha. O meridiano de Greewitch (sec XIX) dividiu o mundo em leste
e oeste. O mundo foi dividido politicamente em oriente e ocidente (sec. XX).
Depois de todo esquadrinhado
e mapeado por longitudes e latitudes, o mundo caminha para uma globalização, unificadora,
generalizada. Cria condições e regras, normatiza produtos e procedimentos. Muda
tudo, padroniza-se tudo, ISO, isto e aquilo — gerencia a qualidade com o ISO
9001-2008, conquistando mercados e melhorando as eficácias, tornando tudo e
todos eficientes O mundo se prepara para receber qualquer um em qualquer lugar,
seguindo a normatização do país hegemônico, a única superpotência que sobrou da
guerra fria.
Vivenciamos a queda do muro
de Berlin, a Alemanha se unificou. O sistema de televisão transmitiu ao vivo,
em 2001, o ataque às torres gêmeas, um símbolo capitalista no território
americano — Word Trade Center. 2001 o ano conhecido como da odisseia no espaço,
e foi do espaço aéreo que veio a tragédia. O mundo era dividido entre duas
grandes potencias — USA e URSS. Agora apenas uma prevalece, padrões, regras e
parâmetros seguem um norteamento americanizado.
O Brasil elegeu um
presidente com eleições diretas, e o mesmo saiu por impeachment. Depois veio um
representante da classe do povo, operário, e do partido dos trabalhadores.
Mulheres assumiram governos municipais, estaduais e a presidência, ocuparam
altas patentes na Marinha do Brasil.
Steve Jobs deixou seu
legado, popularizou o uso dos computadores, quando tínhamos passando dos mil,
mas ainda não havíamos passado dos dois mil. E não esperou pelo ano 2012, foi
fazer sua computação nas nuvens (in cloud),
Logo após o seu falecimento, suas fotos em capas de revistas lembraram as
profecias apocalípticas, Steve Jobs envolto em nuvens, sentado nas nuvens.
A internet quebrou a
barreira das distancias, e aproximou as pessoas. O movimento Occupy iniciado em
2011, com a Primavera Árabe, o povo ocupou as ruas e praças do mundo. Os
movimentos anti-homofobias e antirracismo. Grupos saíram em defesa dos
palestinos. O mundo acabou mesmo, não é mais o mesmo.
Só nos resta a acreditar que
2012 seria um código entendido e descrito pelos Maias: dois – zero - um - dois.
Um código sequencial. Tal como uma aposta usando uma moeda, de cara ou coroa.
Enquanto a moeda gira seria o ponto zero e quando ela para de girar o resultado
é um ou dois, é cara ou coroa. È do povo ou do rei, dos governados ou dos
governantes. O ponto da virada de Malcolm Gradwell, “Veja o mundo à sua
volta... com um leve empurrãozinho, ele se desequilibra” (Kirkpatrick, 2011).
Tal como em um computador
que a grandes velocidades opera com sim e não. A vida, o universo gira em torno
do sim e do não, do claro e do escuro, do dia e da noite, do quente e do frio, da
vida ou da morte, da existência e da não existência. Do visível e do invisível.
Os opostos o yin e o yang. O positivo (+) e o negativo (-) da
energia elétrica
O movimento circular dos
astros e dos átomos, o círculo de ideias. Estamos longe de conhecer todos os agentes
ocultos na Natureza. Ainda não conhecemos todas as propriedades da energia
elétrica (Allan Kardec em O livro dos Espíritos).
Albert Einsten provou
através de sua fórmula [E= mc2] que em se aumentando a velocidade e chegando
próximo da velocidade da luz, diminui a massa de um corpo, tendendo a
transformar-se em energia. A literatura de Fritjof Capra vem mudando o
paradigma unindo, fazendo, um paralelo da física moderna e o misticismo
oriental.
Caso a resposta seja esta
[zero, um, dois], uma resposta ao enigma, ás previsões Maias. Continuamos com algumas
dúvidas, as mesmas dúvidas: Em que ponto se está, ou estamos? Em que ponto está
a civilização? Em que ponto está o planeta e em que ponto está o Universo, o
nosso universo. Estaremos no um? No dois? Ou no zero?
E uma certeza continua. O
mundo um dia vai acabar. Uma força, uma energia vai prevalecer, no físico ou no
invisível. Para um indivíduo, para um grupo, para uma nação ou para uma
sociedade.
Roberto Cardoso
(Maracajá)
Cientista Social
Jornalista Científico
Marine and Land Survey
Técnico em
Meteorologia
Reiki Master &
Karuna Reiki Master
Produtor Cultural |
Agente Cultural | Ativista Cultural
Sócio Efetivo do
IHGRN
Instituto Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Norte
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