segunda-feira, 11 de março de 2013

Aliança da Petrobras e a Cabotagem


Aliança da Petrobras e a Cabotagem

 

A Petrobrás além comercializar e explorar petróleo em poços terrestres e marítimos, em águas rasas e profundas, também pesquisa, analisa e desenvolve seus derivados. Comercializa produtos e subprodutos derivados do petróleo em diversos pontos do país, oriundos das suas várias fábricas e refinarias, estrategicamente localizadas próximas a grandes centros consumidores.

A empresa nacional de petróleo produz, envaza e embala óleos e lubrificantes para diversas finalidades, máquinas e motores, de usos nas mais diversas áreas: automotiva, navegação e aviação, atividades agrícolas e mecânica em geral. Utiliza embalagens diversas de 1 l (um litro), a 1.000 l (mil litros), em material plástico ou metal. O transporte dos produtos torna-se complicado entre diversos pesos, formas e tamanhos das embalagens.

Grande parte da produção da Petrobras é feita por transporte rodoviário atendendo as regiões sul, sudeste e central do Brasil. Outra parte, destinada as regiões do norte e do nordeste brasileiro vem sendo feita por transporte marítimo via empresa de navegação Aliança que atende alguns portos da costa brasileira.

Cabotagem é o termo da navegação que caracteriza o transporte por via marítima ou fluvial entre portos próximos, dentro de um mesmo país. A Petrobrás vem optando por este modal marítimo para transportar seus produtos a partir de uma de suas fábricas no Estado do Rio de Janeiro com destinos às regiões norte e nordeste do Brasil.

As tarefas e logísticas dos carregamentos com destino ao norte e nordeste do país começam na origem, dentro das instalações da fábrica da Petrobras em Duque de Caxias/RJ. Containers são posicionados nas plataformas de abastecimento da fábrica. Uma equipe de estiva especializada retira o material do estoque e acondiciona nos containers que são acoplados sobre carretas e posicionados em baias de carregamento. O carregamento é feito com acompanhamento de vistoriadores (Marine Survey), contratados pela empresa de navegação para orientar e descrever como o material deve ser colocado e como foi estivado dentro do unificador de carga.

Terminada a estivagem, o container é fechado e lacrado. Após a emissão da documentação, a carga é conduzida por via rodoviária ao porto de SepetibaRJ, sul do estado, onde será posicionado no pátio portuário, aguardando o embarque em navios de linha em direção a Manaus/AM com escalas nos portos de Salvador/BA, Recife/PE e Fortaleza/CE.

Depois das descargas nos portos de destinos, as cargas, depois de liberadas, são conduzidas por via rodoviária a grandes compradores e distribuidores próximos da cidade portuária. O porto de Pecem que atende a Grande Fortaleza (FTZ/CE), e região. O porto de Suape atendendo a região metropolitana de Recife (REC/PE), e região. Pecém e Suape são terminais portuários com boa infraestrutura logística (RC in “Consideracoes-ao porto-de-Natal/RN” - Jornal Metropolitano, Nº 630 – Mar/2013).

A exemplo de Natal/RN que fica no meio da rota, mas não faz parte das escalas dos navios, a carga pode chegar por via rodoviária com procedência de Fortaleza ou Recife. Natal/RN com uma pouca demanda pode não ser contemplada com uma escala devido a uma realidade portuária da cidade (RC in “Aproando-e-aproniando”, Jornal de Hoje em 08/11/12).

 

 

 
Parnamirim/RN -  11/03/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

 

 

 

 

 

 

 

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